Tire todas as suas dúvidas sobre o DIU
Deseja mais filhos, mas ainda não é a hora? Por qual método contraceptivo você optou? Na busca por uma alternativa à pílula para evitar uma gravidez indesejada, muitas mulheres se deparam com o DIU (Dispositivo Intrauterino). O método consiste em implantar um objeto em formato de “T” dentro do útero, que impede a fecundação dos óvulos. No Brasil, apenas 1,9% das mulheres em idade fértil faz uso deste contraceptivo, segundo o Ministério da Saúde. Mas, afirmam especialistas, o interesse das brasileiras pelo método tem crescido.

A ginecologista e obstetra Dra. Carolina Medaglia Moreira explica que os principais tipos de DIU são o de cobre e o DIU Mirena®, que contém um hormônio em sua composição, a progesterona. A diferença entre eles é que o DIU hormonal, com vida útil de 5 anos, reduz o fluxo menstrual, podendo mesmo eliminá-lo, enquanto o de cobre, que dura 10 anos, pode aumentar o fluxo e as cólicas. Existe ainda um outro tipo, mais recente no nosso mercado, que é o DIU de prata. “Esse poderia diminuir o fluxo em relação ao de cobre, por a prata ser menos irritativa ao útero, provocando menos sangramento”, considera.

O DIU está contraindicado em casos de suspeita ou gestação confirmada, além de gravidez ectópica. Também não deve ser colocado se há infecções de trato genital ativas; aborto infectado; tumor maligno uterino ou cervical; tumores dependentes de progesterona; sangramento uterino anormal não diagnosticado; anomalia uterina congênita ou adquirida, incluindo miomas se eles distorcem a cavidade uterina; hipersensibilidade à substância ativa ou a quaisquer excipientes da fórmula. A Dra. Carolina destaca que não há nenhuma contraindicação a quem nunca teve filhos colocar o DIU. “Muito pelo contrário, atualmente a tendência é de contracepção de longo prazo”, diz.

A colocação do DIU é um procedimento ambulatorial, ou seja, realizado no consultório médico. “Geralmente as mulheres relatam uma cólica um pouco mais forte no momento da inserção. Na Unna Vitta realizamos uma pequena anestesia local que diminui bastante o primeiro impacto da colocação que é o pinçamento do colo. Somente em situações de exceção ele é colocado em centro cirúrgico com anestesia”, relata a ginecologista. Após colocado, não causa incômodos nem é sentido durante a relação sexual. Ela observa ainda que embora seja um evento raro, o DIU pode sair do lugar. Cólicas ou fluxo fora do padrão podem ser um sinal disso. “Por isso, deve ser monitorado por ecografia com periodicidade a ser definida pelo médico”, pontua.