Como tratar a queda de cabelo no pós-parto?
Lá pelo segundo ou terceiro mês depois do nascimento do bebê você começa a observar que o cabelo, que era tão farto e brilhante na gravidez, está caindo aos montes. Após o parto, ocorre naturalmente a diminuição de estrógeno, e essa readequação hormonal faz com que muitos fios entrem ao mesmo tempo na fase de queda. Mas existe solução, afirma o dermatologista Dr. Alessandro Alarcão, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Segundo o especialista, além das medicações habitualmente utilizadas há várias tecnologias que podem ser usadas para solucionar esse problema. Entre elas, está o Laser de Erbium. Trata-se de um laser fracionado, não ablativo, utilizado no tratamento de calvície e outros tipos de queda capilar. “O laser age no bulbo do fio, por meio de fototermólise seletiva, estimulando-o a entrar em fase de crescimento mais precocemente, além de promover aumento do fluxo sanguíneo local e estimular fatores de crescimento e citocinas”.

Sendo assim, ressalta o dermatologista, o Laser de Erbium provoca uma alteração no ciclo de crescimento dos cabelos, fazendo com que células que estavam na fase inativa passem rapidamente para fase ativa, prolongando a fase anágena do cabelo, que é a fase de crescimento capilar. “O tratamento com o laser faz toda a diferença porque os resultados são mais precoces e efetivos”, diz o Dr. Alessandro Alarcão. Para um resultado satisfatório, são necessárias de 8 a 10 sessões em intervalos de 15 dias cada.

O dermatologista explica que além do laser também se utiliza contra a queda de cabelo pós-parto uma multiplataforma que tem LED de vários comprimentos de ondas que melhoram a circulação sanguínea no couro cabeludo, aumentando a nutrição capilar e consequentemente diminuindo a perda de fios e, além de tudo, deixando-os mais bonitos e saudáveis. “Nessa multiplataforma temos o microagulhamento e a pistola de injeção indolor de medicamentos, além de um módulo para a limpeza do couro cabeludo”, conta.

Alerta

Antes de definir o tratamento é necessário fazer, entre outros exames, uma avaliação detalhada do couro cabeludo e do cabelo por meio da dermatoscopia, em que usa uma lente que aumenta em 700 vezes o aspecto da região. Ela verifica a densidade do fio, a quantidade por milímetro quadrado e também se há um processo de miniaturização, quando a cada ciclo o cabelo fica menor e mais fino.

“Antes, durante e após a gestação, a mulher deve sempre ser acompanhada por um especialista em Dermatologia que seja integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)”, informa o Dr. Alessandro Alarcão, pois por trás de uma queda de cabelo podem existir doenças que devem ser tratadas.