Diástase: o que é e como tratar?
Se durante a gravidez ou depois do parto as mamães perceberem que se formou uma linha ou um leve aprofundamento na barriga que, em geral, vai do peito ao umbigo, pode ser diástase. O nome assusta, mas é mais comum do que se imagina. Famosas como a cantora Sandy, por exemplo, também desenvolveram a diástase, que nada mais é que o deslocamento do músculo reto do abdômen, aquele que fica saliente em barrigas “tanquinho”, responsável por flexionar e dar apoio à coluna, sustentar a massa visceral e auxiliar na expiração forçada. No período gestacional, o crescimento do útero gera o estiramento e a frouxidão dessa região, podendo ser de 1 a 3 cm, em média.

“A mulher pode identificar a diástase deitando no chão e flexionando o corpo em 45 graus. Com o auxílio dos dedos indicador e médio, deve fazer uma pressão na região logo abaixo da linha do sutiã para sentir um pequeno buraco no meio do abdômen, separando os dois lados da musculatura. A divisão do reto abdominal tem que ser de pelo menos dois centímetros para ser considerada diástase”, explica o educador físico especialista em dor e Pilates Marcos Fukunaga.

O quadro pode ser melhorado com alguns exercícios. Segundo o profissional, antes da gravidez, o importante é fortalecer os músculos estabilizadores do quadril, o assoalho pélvico e a região do core. Ele dá exemplos:

• Elevação do quadril ou ponte: deitada em decúbito dorsal (barriga para cima), elevar o quadril até encontrar o apoio das escápulas (asinhas das costas). Em seguida, devolva a coluna e o quadril para a posição inicial.

• Prancha abdominal: antebraço apoiado no chão e apoio dos metatarsos.

• Cadeirinha: deitar de barriga para cima com os joelhos flexionados em 90° e fazer a dissociação de membros inferiores sem alterar a lordose lombar.

Depois de identificada a diástase, na fase pós-gestacional, a rotina de exercícios muda, dando prioridade ao fortalecimento do core. “Nessa fase, é preciso cuidado com os exercícios que aumentam a pressão intra-abdominal e as flexões abdominais, pois o músculo não executa a flexão com eficiência. Por isso, é necessário fortalecer o core. Sugiro fazer exercícios isométricos (como as pranchas) ou a cadeirinha e ir progredindo usando as pernas flexionadas, depois estendidas, adicionando carga e assim por diante. O pilates é uma boa alternativa em muitos casos”, orienta o educador físico.

Antes de iniciar qualquer exercício físico, Marcos recomenda que, tanto no início gestacional como após a gravidez, a mulher procure um médico que ateste a saúde. Também é necessário encontrar um personal trainer especializado em futuras mamães, pois há certas peculiaridades que não podem ser negligenciadas.