Coronavírus: quais os riscos para grávidas, bebês e crianças?
Grávidas, bebês e crianças não têm aparecido nas estatísticas de casos graves da Covid-19. Mas, no caso das gestantes, por exemplo, não se sabe como o coronavírus se comporta especificamente.

Como as grávidas podem ter a imunidade mais baixa, o risco de adquirirem o coronavírus (Covid-19) seria maior do que o de uma não grávida. Por isso, a orientação do Ministério da Saúde é que a gestante fique longe de aglomerações, lave as mãos com frequência e evite o contato com pessoas doentes.

Informe do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists, do Reino Unido, diz que ainda não há evidências de que a doença possa aumentar as chances de aborto ou de partos prematuros.

Assim como não há evidências ainda de que o coronavírus possa ser transmitido da mãe para o bebê. “Embora os dados estejam atualmente limitados, é tranquilizador que não há evidências de que o vírus possa passar para o bebê durante a gravidez”, escreve Edward Morris, presidente da associação.

O mesmo ocorre para a amamentação: não há evidências de que o vírus possa ser transportado pelo leite materno. Mas a recomendação é usar máscaras e estar com as mãos higienizadas no momento da amamentação.

Crianças

As crianças são menos suscetíveis a apresentar sinais graves da doença. Também há menos registros de pequenos infectados. Na China, por exemplo, apenas 1% dos pacientes tinha até 10 anos. A Organização Mundial de Saúde divulgou apenas uma morte, uma criança de 7 anos.

Não se sabe se ela tinha problema de saúde ou não. Vale lembrar que 94% das crianças infectadas têm sintomas leves e 25% são assintomáticas, ou seja, não apresentam nenhum sintoma.

Não se sabe dizer ao certo por que esses casos são menos graves, mas pesquisadores acreditam que possa ter relação com o desenvolvimento do sistema imunológico das crianças.

No momento em que células imunes tentam atacar o vírus no pulmão, elas podem acabar bloqueando a captação de oxigênio do órgão. Essa é uma resposta imune chamada “tempestade de citocinas”, que pode ser fatal. Como a imunidade das crianças ainda está se desenvolvendo, pode ser que fiquem imunes contra essa resposta.

Outra hipótese é que os pequenos, diferentemente dos adultos, nunca foram expostos a outros coronavírus causadores de tosse e resfriado. Ou seja, não criaram anticorpos anteriores – que talvez, estejam até piorando os casos em adultos – por não serem compatíveis com o SARS-CoV-2.

Transmissão

É importante lembrar que grávidas, bebês e crianças podem transmitir o vírus a outras pessoas, independente da forma que são afetadas pela doença. Por isso, o mais importante para conter a pandemia continua sendo o isolamento, além da higienização constante de mãos e objetos.

Com informações de Superinteressante e Crescer