Cinemas de SP devem oferecer sessão mensal adaptada para autistas
Todos os cinemas da cidade de São Paulo deverão oferecer, no mínimo, uma sessão mensal adaptada para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), de acordo com lei sancionada na semana passada pelo prefeito Bruno Covas. Na exibição dos filmes para indivíduos com TEA as luzes deverão estar levemente acesas, o som mais baixo e não poderá haver propagandas.

Também deverá ser liberada a circulação dos espectadores pelo interior da sala, bem como a entrada e a saída durante a exibição do filme. Não há ingerências em relação ao valor dos ingressos.

Segundo a lei, as sessões deverão ser identificadas com o símbolo mundial do espectro autista na entrada da sala de exibição. O estabelecimento que descumprir a lei receberá, primeiramente, uma advertência e, no caso de reincidência, uma multa de R$ 3 mil. Uma segunda reincidência resultará em nova multa, de R$ 10 mil, e, se for repetida, poderá levar à interdição do estabelecimento. Os estabelecimentos têm 90 dias para de adequar.

O vereador Rinaldi Digilio (Republicanos) disse em nota à Revista Crescer que o projeto surgiu do relato de uma mãe que não conseguiu levar o filho autista para assistir ao blockbuster Vingadores: Ultimato. “Ela dizia que ele queria ver o filme, mas o escuro e o som alto incomodavam muito. As pessoas não compreendiam e reclamavam, então, ela decidiu não o levar”, afirmou Digilio.

Esse tipo de exibição adaptada aos pequenos com TEA já acontece em alguns cinemas e teatros do Brasil. É a Sessão Azul, idealizada pelas psicólogas Carolina Salviano de Figueiredo e Bruna Manta e pelo gerente de projetos Leonardo Bittencourt Cardoso.

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