5 motivos para os pais levarem a criança ao otorrino
Otorrinolaringologia. Esse “palavrão” que trava a língua de muita gente é usado para definir uma especialidade muito importante na medicina e bastante procurada pelos pais que precisam levar os filhos para tratar doenças dos ouvidos, nariz e garganta, comuns na infância. Procurado pelo Manual da Mamãe, o Dr. Givanildo de Pádua Pires, especialista na área, descreve as 5 situações mais comuns que levam as crianças ao consultório do otorrino.

1. Alteração da voz ou da fala: rouquidão, atrasos da fala ou alteração na pronúncia de fonemas são motivos para levar a criança para avaliação do otorrino. As alterações de voz como rouquidão e aspereza podem ocorrer devido a doenças nas cordas vocais, como nódulos, pólipos e verrugas. O diagnóstico é realizado pela visualização das pregas vocais através da videonasolaringoscopia. Já as alterações de fala podem ocorrer por atraso na aquisição da linguagem e em crianças que não estejam escutando bem.

2. Respiração bucal: crianças que têm nariz trancado e respiram pela boca fazem isso, na maioria das vezes, por obstrução na via aérea superior, hiperplasia das adenoides e amígdalas (tonsilas palatinas) e desvio de septo nasal. Pode ser que a criança tenha uma respiração viciosa pela boca por alterações ortodônticas e de fraqueza muscular da face. A abordagem requer uma avaliação multidisciplinar, envolvendo entre outros profissionais o otorrinolaringologista.

3. Infecções de repetição: crianças que têm otites, faringites e sinusites de repetição estão mais sujeitas a complicações. Por exemplo, as otites podem levar à perfuração timpânica e causar perdas de audição, que mesmo que sejam transitórias (durante a infecção) podem levar a alterações na fala e déficit acadêmico. Sinusites de repetição podem levar ao uso repetido de antibióticos, obstrução nasal crônica e ausência escolar periódica das crianças. Portanto, uma avaliação médica é necessária para tratamento adequado e avaliação das causas, pois a criança pode ter alguma outra condição que aumente a sua suscetibilidade para infecções.

4. Perda auditiva: a criança dá alguns sinais quando não está escutando bem, como sempre pedir para repetir o que lhe foi falado; repetir errado aquilo que lhe falaram; escrever algo fora de contexto ou com letras trocadas; colocar o som da TV mais alto. Diante da menor suspeita de perda auditiva é preciso investigar.

5. Massas cervicais: aumento de volume no pescoço por linfonodos (ínguas), nódulos ou cistos no centro ou lateral do pescoço devem ser sempre avaliados por especialistas, principalmente se são duros, poucos móveis e têm crescimento rápido. Estima-se que 75% das massas cervicais em crianças e adolescentes correspondam a adenopatias inflamatórias ou infecciosas. Menos de 5% são causadas por neoplasias malignas e cerca de 20% por alterações no desenvolvimento embrionário.