Mãe criticada na internet por levar filho na ‘coleira’ rebate acusação
A foto de uma mulher em uma calçada usando o celular e uma mochila-guia, tipo uma ‘coleira’, para segurar seu filho repercutiu negativamente na internet. O post teve milhares de compartilhamentos e comentários ofensivos. A mãe é a mineira Amanda Massoni, de 27 anos, que se defendeu assim que viu a imagem nas redes sociais.

“Está circulando essa foto minha com meu filho dizendo que meu filho está na ‘coleira’ e eu no celular. Primeiro, meu filho é autista, ele não entende se eu falar que é pra ele ficar perto de mim. Ele sai correndo pro meio da rua. Segundo, eu estava parada pedindo um motorista de app. As pessoas não entendem, isso é pra proteção e segurança dele. Eu estou indo até a delegacia pra chegar em quem fez isso. A pessoa me expõe nas redes sem saber nada da minha vida".

Amanda esteve no programa Encontro, de Fátima Bernardes, e disse que ficou com muito medo da repercussão da foto, tirada no centro de Poços de Caldas, em Minas Gerais, há pouco mais de uma semana. Entre os comentários, uma pessoa falou que ela colocaria a criança para comer na tigela do cachorro. Outra ironizou: "Vem, Totó".

"Fiquei com muito medo. Na noite em que eu fiquei sabendo, nem consegui dormir direito. Mas no dia seguinte também tinha muita mensagem positiva. Mães mandaram fotos dos filhos usando."

A mãe reforçou que usa a mochila como uma forma de proteger o filho. "Ele tem três anos e é autista. Ele é pouco verbal, não entende o que eu falo com ele ainda. Se eu falar para ele ficar pertinho da mamãe, ele não fica, ele sai correndo para o meio da rua. Ele não gosta de toque e isso foi uma forma que eu arrumei de ele ficar com as mãozinhas livres e, ao mesmo tempo, protegido, perto de mim."

Amanda registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil para tentar chegar ao autor da foto. "O delegado da cidade de Passos entrou em contato comigo e com o delegado da minha cidade para abrir uma investigação. A pessoa precisa ao menos se retratar e pedir desculpas. Eu fiquei muito triste. As pessoas não podem fazer isso, expor alguém sem nem conhecer."