Como impor limites?
“Não quero!”; “Não vou estudar!”; “Não, não e não!”. Se estas têm sido frases recorrentes no vocabulário do seu filho, ligue o sinal de alerta. Pode ser falta de limites. “Mas como discipliná-los sem reprimi-los?”, questionam-se os pais nessa difícil tarefa de educar. Os especialistas explicam que estabelecer limites é criar uma fronteira psicológica entre o que é permitido e o que não é, entre o certo e o errado e isso é saudável para o desenvolvimento das crianças.

Os pais devem estabelecer limites por meio da sua reação ao que a criança faz ou deixa de fazer. Por exemplo, se um comportamento for adequado, os pais devem reagir com elogios, sorrisos e reconhecimento. Já se o comportamento se situa fora dessa fronteira, a reação deve ser de desaprovação, retirando da criança algum privilégio ou aplicando algum castigo. É importante que a criança participe da construção das regras e as compreenda e que os pais sejam firmes na realização dos combinados.

No início o esforço pode parecer sobre-humano, mas as crianças gostam, sentem-se seguras e passam a colaborar depois de um período inicial de adaptação às regras. Para serem coerentes, elas devem ser proporcionais à idade da criança, à travessura realizada e a outros fatores que contextualizam a situação. Mas não é possível ser coerente sem ser consistente. Os combinados devem ser obedecidos pelos pais e pelas crianças e também devem ser mudados à medida que a criança cresce e se desenvolve.

 

Faça sempre:

  • Dialogue com seus filhos, explicando o propósito dos limites de forma clara, simples e objetiva;
  • Demonstre firmeza, persistência e segurança, mas com carinho;
  • Reconheça seus próprios limites e os limites de seu filho, respeitando as irritações com paciência;
  • Faça acordos inteligentes, sem ameaças, punições ou subornos;
  • Não perca oportunidade de mostrar que sabe cumprir combinados e seguir regras;
  • Mantenha coerência entre pai e mãe;
  • Elogie sempre os acertos, mesmo que pequenos (é o melhor estímulo).

 

Fique atenta!

A falta de limites traz consequências negativas para o desenvolvimento infantil, que vão desde as dificuldades de lidar com frustrações aos conhecidos transtornos de aprendizagem, ou aos distúrbios comportamentais mais sérios, podendo levar até a criminalidade em casos mais extremos.