Chega uma hora que seu bebezinho cresce e a rotina passa a ser outra, assim como as necessidades dele. Chega o momento de pensar em uma escola de qualidade, que faça com que ele desenvolva toda a preparação rumo à alfabetização e uma vida inteira de aprendizagem escolar que está pela frente.

Qual é o primeiro passo? Segundo a psicóloga, neuropsicóloga e psicopedagoga Elciane Lipski, é a escolha de uma boa escola, com profissionais competentes, amorosos e motivadores. “Aprender com apoio, motivação e carinho será sempre mais fácil.”

O próximo passo? A participação e o envolvimento da família neste processo para a criança perceber a funcionalidade da leitura e da escrita na vida dos pais e na sua. “É muito bom ver a felicidade dos pais quando a criança já sabe nomear letras, ler palavrinhas, escrever seu nome”, pontua Elciane.

Para que este início ocorra de forma tranquila, esclarece a especialista, é importante que domínios anteriores, que servem como pré-requisitos, já tenham sido conquistados, muitos deles proporcionados na educação infantil e facilmente estimulados pela própria família, como a compreensão das cores, formas, lateralidade, noções de cheio e vazio, forte e fraco, grande e pequeno, rápido e devagar, em cima e embaixo, entre outros.

Algumas vezes acontecem dificuldades mesmo tendo estes domínios, mas a questão pode ser outra e esses casos necessitam de uma avaliação mais específica de um psicopedagogo ou neuropsicólogo. “O objetivo neste momento é orientar os pais a semearem e cuidarem deste desenvolvimento cognitivo e preparatório que é tão importante”, aconselha Elciane.

Outro aspecto também importante é com relação aos marcadores do desenvolvimento da criança, como andar sem apoio, início da fala e controle dos esfíncteres. Existe um padrão de idade para que cada uma dessas habilidades ocorra. Se elas não estiverem dentro dos padrões pode haver uma possível alteração no amadurecimento de outras funções que estão por vir.

Quando a criança inicia a alfabetização tudo deve estar enquadrado para fluir adequadamente. Por exemplo, é visto que alterações na fala prejudicam este processo, pois a tendência é a criança fazer sua tentativa de escrita ou leitura conforme ela fala, ou seja, ela mesma acaba sendo sua referência neste momento justamente pelos sons que emite.

“Fique atento para alterações no desenvolvimento do seu filho, isso pode prejudicar o processo de alfabetização mais tarde e lembre-se: estimule sempre!”