Posição sexual proibida para grávidas: saiba qual é

Sangramento durante o sexo quase sempre é um sinal que alarma os casais durante a gravidez. Qualquer rastro de sangue já faz as futuras mães se descabelarem e gera bastante preocupação. Apesar disso, é mais que sabido que o sexo na gestação é saudável.

O problema é que existe, sim, um detalhe que deve despertar mais cuidado nos momentos de intimidade do casal “grávido”: a posição “de quatro” pode causar hemorragia na mulher.

 

Posição sexual perigosa na gravidez

De acordo com a ginecologista Dra. Mariana Scombatti Filipe, especializada em ginecologia e obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da UNESP, em Botucatu, todas as posições sexuais podem se relacionar ao sangramento vaginal na gravidez porque o tecido local, nesse período, está mais delicado e vascularizado. “Porém, a posição “de quatro” contribui também com outro fator: os movimentos do pênis podem fazer com que haja um acúmulo de gás na vagina, acarretando um trauma em seu fundo e causando hemorragia”, explica a médica.

 

Por que transar “de quatro” na gravidez pode causar hemorragia?

A ginecologista e obstetra Dra. Fernanda Araújo Pepicelli, do Hospital Bandeirantes, esclarece que não é só na gravidez que a posição apresenta risco de causar hemorragia – é que na gestação a mulher deve evitar maiores complicações em todas as áreas, e uma hemorragia em uma gestante é quase sempre mais perigosa e preocupante do que em uma não-gestante, uma vez que há outra vida em jogo.

Fernanda explica que o fundo da vagina é a localização mais frequente para traumas na região. “Ali, a parede não tem qualquer órgão ou tecido em que possa se apoiar, e fica em contato direto com a cavidade abdominal”. A entrada de ar na vagina pode gerar uma espécie de vácuo na cavidade, que pressiona ainda mais a parede, causando seu rompimento e consequente sangramento.

“A situação é rara e pede a intervenção de um profissional. Sempre que houver sangramento vaginal durante a gestação é importante contatar seu obstetra”, recomenda Fernanda.

 

 

 

Fonte: Bolsa de Mulher