Entenda a cardiopatia congênita da filha de Juliano Cazarré

Maria Guilhermina, filha caçula do ator Juliano Cazarré e da stylist Leticia Cazarré, nasceu em junho de 2022 com uma cardiopatia congênita rara, chamada Anomalia de Ebstein. Desde então, a pequena passou por uma série de cirurgias, além de enfrentar um árduo tratamento.

Maria Guilhermina, com poucos meses de vida, ficou internada na UTI de um hospital por 24 dias em razão da doença. Na época, ela foi submetida à "cirurgia do cone", como é conhecido o procedimento para correção da válvula tricúspide.

A anomalia de Ebstein não tem cura, mas pode ser tratada. É uma condição que afeta 1 a cada 20 mil crianças. É uma cardiopatia rara da válvula tricúspide, a responsável por separar o átrio direito do ventrículo direito do coração. Essa estrutura é considerada a "porta de entrada" do coração, pois permite que o sangue venoso (que já oxigenou o organismo) retorne ao coração. O sangue entra pelo átrio direito, passa pela válvula tricúspide, vai para o ventrículo direito, onde é bombeado para o coração para ser oxigenado novamente.

Na anomalia de Ebstein, a válvula tricúspide fica abaixo do normal, já "dentro" do ventrículo direito. Isso faz com que uma porção do ventrículo se torne parte do átrio, fazendo com que o átrio direito aumente de tamanho e não funcione adequadamente. Além disso, as estruturas da válvula tricúspide têm formato anormal, o que pode levar ao refluxo de sangue para o átrio.

A anomalia de Ebstein também pode levar ao aumento do coração e insuficiência cardíaca. Além disso, pessoas com essa anomalia não tratada podem sofrer com arritmia cardíaca. O tratamento é cirúrgico. Na operação a válvula pode ser trocada ou restaurada.

Problemas cardíacos como a anomalia de Ebstein podem ser percebidos durante o pré-natal, na ultrassonografia morfológica. Quando há suspeita da doença, a gestante é orientada a realizar um ecocardiograma fetal para diagnosticar a doença.

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